A exuberância das paineiras abre a temporada das árvores floridas em Brasília e prepara a visão do Brasiliense para uma temporada de árvores floridas na capital.
A exuberância das paineiras abre a temporada das árvores floridas em Brasília e prepara a visão do Brasiliense para uma temporada de árvores floridas na capital. Depois delas vêm os ipês.
Elas são 80 mil espalhadas por todo o DF. Com sua aparência arredondada, é popularmente conhecida como barriguda. Todo mundo já deve ter percebido a presença delas pela cidade, enfeitando a Capital com suas flores. Afinal, ela foi muito utilizada pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) na arborização de Brasília.
Seu nome científico é Ceiba speciosa e pode chegar a 20 metros de altura. Seu tronco normalmente é espinhoso quando ainda é jovem e vai perdendo os espinhos na medida em que cresce. Suas folhas são palmadas, e possuem a coloração verde clara. A aparência de “barriga” no caule, na verdade, funciona como uma reserva de água, dado o clima seco cerrado.
De acordo com o chefe do Departamento de parques e Jardins (DPJ) da Novacap, Alfred Luciano de Castro, a utilização da paineira no paisagismo de Brasília levou em consideração seus valores estéticos e de resistência.
“É uma planta que chama a atenção por sua beleza. Tem um porte majestoso e uma copa arredondada, que enfeita a cidade quando está florida. Além disso, não é uma árvore que cai com facilidade”, avalia Alfred.
A paineira é uma árvore caducifólia, ou seja, todas as suas folhas caem de uma vez, geralmente antes da floração, que ocorre no verão e no outono. A partir do mês de abril, Brasília começa a ser colorida pelas barrigudas. Suas flores são grandes, com cinco pétalas róseas, que podem variar de tonalidade de região para região. Há também uma variedade menos comum, com flores brancas.
Seus frutos são cápsulas verdes grandes, com formato oval, que servem de alimento para muitas espécies de pássaros e insetos. Quando maduros, arrebentam, apresentando as sementes envoltas pela paina, daí o nome paineira, uma fibra branca, fina e sedosa, que auxilia na flutuação e disseminação das sementes ao serem levadas pelo vento.
Quando ocorre a abertura dos frutos, o solo embaixo das paineiras fica coberto pela paina, dando a impressão de que é neve. A paina, ou algodão de paineira, era bastante utilizado no interior do país para o preenchimento de colchões, travesseiros, almofadas, pelúcias, e como forro para selas de montaria.
Mas, infelizmente, a beleza das paineiras, que encantam a população, não é suficiente para preservá-la da ação de vandalismo. Recentemente, algumas paineiras foram criminosamente cortadas na beira da EPIA norte, próximo ao Hipermercado Walmart, no Setor de Indústrias (SAI). A árvores impediam a visão do outdoor no local e as barrigudas apareceram ceifadas da noite para o dia. Uma prática criminosa, na avaliação do chefe DPJ.
“Cortar árvore sem licença é crime, previsto no artigo 51 da Lei de Crimes Ambientais. Que pode acarretar, inclusive, na prisão do infrator. Ademais, ao cortar uma árvore por conta própria, essa pessoa está assumindo o risco de causar acidentes”, alerta Alfred. A Novacap notificou a Delegacia do Meio Ambiente, informando sobre a prática criminosa.
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