Evento fez parte do ciclo de atividades coletivas programadas pela unidade de saúde

Um grupo de pessoas idosas da Unidade Básica de Saúde (UBS) 2, da Asa Norte, visitou, na tarde de quinta-feira (5), a mostra Memórias Avulsas, em exposição na sede da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap).

A exposição é gratuita e visa ensinar sobre a história da Novacap e da capital federal pela ótica daqueles que ajudaram a construí-la, utilizando-se de fotografias e equipamentos da época.

A visitação foi parte do ciclo de atividades coletivas para idosos oferecido pela UBS, que visam melhorar o bem-estar e a convivência dos participantes entre si e para com a comunidade.

“É um momento de descontração, mas de conhecimento, que muitos não têm oportunidade de ter por dificuldades relacionadas à família ou à locomoção, então a gente proporciona esse momento para uma atividade fora do habitual. Eu vi no instagram e achei interessante pelo fato de serem memórias da cidade, onde eles já vivem há muito tempo. E normalmente a gente conhece as coisas de Brasília mas não conhece a história”, explicou a fisioterapeuta da UBS 02 da Asa Norte, Danielle Hosaka, responsável pelo grupo.

Para o pesquisador aposentado da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Rui Américo Mendes, de 78 anos, que mora na capital desde 1982, a mostra Memórias Avulsas deveria ser convertida em um museu permanente na Novacap, devido ao valor histórico dos artefatos expostos.

“Deveria ter um museu só com essa parte da construção [de Brasília]. Isso aqui é rico demais”, ressaltou o engenheiro agrônomo.

O destaque da exposição, segundo Rui, são os artefatos e instrumentos que retratam a complexidade, à época, de executar tarefas que, hoje em dia, são consideradas básicas. “Hoje não se tem mais instrumentos daquele tipo. Não precisa, né? Mas é preciso saber da história. Saber que, para chegar ao que nós temos hoje, aquilo aconteceu.”

Natural de São Paulo (SP), Maria Neta Chaves Mota, a Dona Neta, de 74 anos, chegou a Brasília mais recentemente, há nove anos, e também compõe o grupo na UBS 2 da Asa Norte. Ela explicou que, para quem não é originário da capital, é difícil ter acesso ao conhecimento sobre a sua origem.

“Como sou muito nova aqui em Brasília, não tenho muito conhecimento. Ouvia falar, sim, da Novacap porque, mesmo sem querer, a gente entra numa seara política. Eu sempre tive espírito de política, acho que a Política faz parte da vida da gente, de tudo. Então, vi muito falar sobre Novacap e tal, mas eu não presenciava assim um movimento tão constante, tão presente, tão eficaz dentro da cidade, da capital”, contou a professora aposentada.

Agende visitações

A exposição Memórias Avulsas está aberta para o agendamento de visitas para grupos escolares ou de outros nichos. Professores, diretores ou administradores de escolas ou grupos que desejarem agendar visitações deverão entrar em contato direto com o presidente da Comissão de Criação do Museu da Novacap, Claudimar Miranda, pelo e-mail claudimar.miranda@novacap.df.gov.br ou pelos números de telefone (61) 3403-2448 e WhatsApp (61) 998405-3528.

Localizada na sede da Novacap (Setor de Áreas Públicas, lote B S/N SAI Sul), a exposição funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, tem classificação indicativa livre e entrada franca.

A instituição interessada deve incluir, na mensagem, o número de estudantes e adultos que participarão da visitação, além da data e horário pretendidos. Também precisa ser informado se há a necessidade da reserva de um espaço para a realização de lanche dos alunos, para o qual a companhia oferece o espaço Macarrão. Nesse caso, o lanche a ser disponibilizado é de responsabilidade da escola.

De acordo com Claudimar Miranda, ainda não há data confirmada para a finalização da exposição. Contudo, o presidente da comissão recomendou que instituições interessadas tentem agilizar o processo de agendamento das visitas.

Em abril, mais de 300 estudantes de duas escolas visitaram a mostra: alunos do 4º ano do ensino fundamental do La Salle de Águas Claras e do 3º ano da Escola das Nações.

Texto e fotos: Henrique Fregonasse (sob a supervisão de Ádamo Dan)