No começo era a carpintaria. Toras de madeira maciça sendo utilizadas na construção de casas, comércios e todo tipo de edifícios que comporiam a nova capital. Depois, a ela, se juntou a marcenaria, e os móveis que encheriam todas as repartições públicas estavam sendo produzidos.
O primeiro endereço da seção foi o Núcleo Bandeirante, antiga Cidade Livre e lar dos primeiros candangos a chegar ao espaço onde se formaria Brasília. Pouco depois, para dar espaço às moradias e ao Hospital Juscelino Kubistchek de Oliveira, a Seção de Carpintaria e Marcenaria (Semar) da Novacap se mudou para o SIA, onde hoje funciona o galpão do sistema semiaberto da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap). Finalmente, no fim dos anos 1970, a SEMAR passou a operar em seu atual endereço, dentro da Novacap, no Setor de Áreas Públicas. Toda essa memória sobrevive e foi contada por Adelmo Gomes, marceneiro que há 35 anos está na seção. “Meu pai trabalhou aqui na Marcenaria e eu cresci aprendendo com ele“, conta Adelmo.
No organograma da empresa a seção está na estrutura da Diretoria de Edificações, mais especificamente no Departamento de Edificações (DEDI) e, ligada diretamente à Divisão de Conservação e Reparos (Dicor).
São 17 servidores trabalhando no galpão sendo: oito marceneiros, que operam os equipamentos mais pesados e, dois, que manejam apenas os equipamentos elétricos manuais. Três servidores atuam com serviços-gerais e, os últimos quatro, realizam o trabalho administrativo; entre eles, o chefe da seção, Josenilson Alves, que trabalha no setor há 10 anos. “A marcenaria é uma família, mas temos que trabalhar de forma muito séria e organizada para dar conta das demandas que recebemos”, comenta Josenilson. Atualmente, quatro participantes do programa “Reintegra Cidadão”, em convênio com a Funap, estão no local, realizando serviço de auxiliares de carpintaria enquanto aprendem a profissão.
Os materiais utilizados no serviço são os mais diversos. Alguns deles são mais conhecidos, como: furadeiras, parafusadeiras e lixadeiras, outros, os maiores e mais específicos para o manejo da madeira, exigem muita perícia e experiência de quem os manipula, no caso as tupias, esquadrejadeiras, serras circular e de bancada, seccionadora para MDF, desengroçadeiras e coladeiras de bordas. O diretor de edificações, Francisco Ramos, lembra que essas máquinas requerem muita perícia e cuidado e que a segurança dos marceneiros é prioridade. “Os equipamentos de proteção individual, conhecidos com EPI’s, são fundamentais neste serviço. Além disso, estamos sempre atentos ao bom funcionamento dos mecanismos”, reforça Francisco.
Além do óbvio
Um dos trabalhos mais notados dos marceneiros da empresa é a fabricação de móveis e divisórias utilizados na companhia e em vários outros órgãos do GDF. As residências oficias do governo também são atendidas. A situada em Águas Claras, transformada em Centro Cultural em setembro do ano passado, possui diversas mobílias confeccionadas pela marcenaria, assim como a casa oficial do vice-governador, no Lago Sul. Este trabalho é muito importante, reduz os custos de compra dessa mobília e garante a qualidade dos materiais. Porém, outros tipos de utensílios fazem parte da rotina de produção dos servidores da área. Poucos sabem que eles são fundamentais para as topografias, principalmente, as emergenciais, realizados pelos técnicos e engenheiros da Companhia.
O estudo topográfico verifica o solo e levanta todas as características de um terreno para que os projetos sejam precisos em relação às condições e dimensões da área. Para que este estudo seja feito, são necessárias ripas, estacas e piquetes, ferramentas de madeira confeccionadas na…marcenaria! “Sem esse material não existe topografia, que é o primeiro passo para qualquer intervenção no solo. Quando a Novacap atua em emergências, como a construção de bacias no aterro sanitário, não há tempo para fazer uma licitação e comprar essas madeiras, quem nos socorre é a Semar”, explica o diretor de Urbanização da Companhia, Sérgio Lemos.
NOVACAP
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